É preciso uma comunidade para conhecer um indivíduo. Quanto mais isso se aplicaria a Jesus Cristo? As pessoas costumam dizer que desejam ter um relacionamento com Jesus, desejam “conhecê-lo melhor”. Jamais seremos capazes disso sozinhos. É preciso que estejamos profundamente envolvidos na igreja, na comunidade dos cristãos, nutrindo sólidos relacionamentos de amor e compromisso mútuo. Somente se fizermos parte de uma comunidade de crentes que procuram imitar, servir e amar Jesus teremos condições de conhecê-lo e de sermos cada vez mais semelhantes a ele.
Por que dizemos que o casamento é a relação de aliança mais profunda? Porque o casamento apresenta aspectos horizontais e verticais muito marcantes. Em Malaquias 2.14, diz-se a um homem que a esposa é “tua companheira e mulher da tua aliança matrimonial” (cf. Ez 16.8). Provérbios 2.17 descreve a esposa infiel que “abandona o companheiro da sua mocidade e se esquece da aliança que fez com seu Deus” (a NVI traz “a aliança que fez diante de Deus”). A aliança firmada entre marido e mulher é feita diante de Deus e, portanto, não apenas entre os cônjuges, mas também com Deus. Ser infiel ao cônjuge também implica ser infiel a Deus.
Em qualquer cultura na qual Deus está ausente, o sexo, o dinheiro e a política preencherão o vazio de diferentes pessoas. Essa é a razão pela qual nosso discurso político é cada vez mais ideológico e polarizado. Muitos descrevem o atual discurso malévolo como uma falta de bipartidarismo, mas as raízes vão muito mais fundo. Como ensinou Niebuhr, remontam ao começo do mundo, à nossa alienação de Deus e aos esforços frenéticos de compensar nossa sensação de nudez e fraqueza cósmicas. A única forma de lidar com todas essas coisas é restaurar nossa relação com Deus.